Transição das empresas para ovos sem gaiolas

Lado a lado com questões ambientais, sociais e de segurança alimentar, bem-estar animal é citado como um grande desafio na sustentabilidade da agricultura atual. Em muitos países a preocupação do público com este tema é expressa através de ações
políticas e pressão comercial que acabam acarretando mudanças na produção animal (Hötzel, 2014).

A indústria já percebeu essas mudanças de exigência por parte do consumidor brasileiro, a julgar por campanhas de marketing que valorizam os temas que cidadãos potencialmente esperariam dos sistemas produtivos (Hötzel, 2014).

A Open Wing Alliance (OWA), uma junção global de organizações em todo o mundo, tem trabalhado por mais de dez anos para garantir as promessas de bem-estar nas empresas de alimentos. No Brasil, algumas empresas anunciaram compromissos para banir de suas cadeias de suprimentos o confinamento de galinhas em gaiolas, a maior parte delas até 2025. Entre essas empresas estão McDonald’s, Burger King, Subway e Spoleto.


Por mais que garantir compromissos públicos seja um indicador significativo progresso que vale a pena comemorar, esses compromissos não levarão a um melhor bem-estar animal por conta própria. Para que as promessas corporativas tenham um
impacto direto sobre as galinhas que estão sendo salvas de uma vida em gaiola, é preciso que as empresas relatem publicamente seu progresso quanto ao objetivo de abster-se da gaiola.

Por: Aluno de Iniciação Científica : Agatha Barão Cavalheiro

Referências
Hötzel, M.J. Sustentabilidade na agricultura e bem-estar animal: a interface social. III
CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOÉTICA E BEM-ESTAR ANIMAL. Curitiba. Disponível em: Link

Open Wing Alliance. Cage-Free egg fulfillment report, 2021. Disponível em: Link

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