Recentemente, o Brasil confirmou seu primeiro foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em uma granja comercial. Outros casos começaram a ser investigados, no entanto, no dia 25 de maio, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) descartou a suspeita de focos da IAAP em uma granja comercial situada no município de Ipumirim, no estado de Santa Catarina. Porém reforça que o caso da granja comercial na cidade de Aguiarnópolis no estado do Tocantins ainda segue sob investigação.
Com relação ao foco da IAAP confirmado no município de Montenegro, estado do Rio Grande do Sul, que causou suspensões de importação de frango do Brasil por vários países, este foi encerrado no dia 24/05/25.
O Brasil apenas poderá se declarar livre da Influenza Aviária caso não confirme nenhum caso da doença em uma granja comercial até o dia 18 de junho de 2025. Esse prazo corresponde aos 28 dias desde que começaram os focos, ou seja, a partir do dia 22 de maio de 2025, um dia após a desinfecção total na granja de Montenegro. Esse prazo é chamado de vazio sanitário e corresponde ao ciclo do vírus da Influenza Aviária. Segundo o MAPA, este período é essencial para garantir que não haja vestígios do vírus no ambiente antes da retomada das atividades dentro da granja, contribuindo para a contenção da doença e a segurança sanitária da avicultura na região.
Figura 1. Números referentes aos focos de Influenza Aviária no Brasil. Adaptado do Ministério da Agricultura e Pecuária (Disponível em: https://mapa-indicadores.agricultura.gov.br/publico/extensions/SRN/SRN.html)
A partir do dia 18 de junho, se novos casos não forem confirmados, o Governo Federal irá iniciar novas negociações com os países para a reabertura das exportações. Muitos países não suspenderam as compras de frango do Brasil, entretanto, a China, maior comprador de carne de frango do Brasil, bloqueou as compras em todo o território nacional, embora o governo venha buscando estratégias para negociar um bloqueio apenas regional. Os Emirados Árabes Unidos e o Japão, segundo e terceiro maiores compradores do Brasil, respectivamente, suspenderam apenas as compras do município de Montenegro, que neste caso demonstra um impacto menor ao mercado brasileiro. Esse fato se deve a existência de apenas um frigorífico que exporta carne de frango no município e está acima do raio de 10 km do foco da doença.
O Brasil convive com focos da doença há dois anos, mas até então envolviam somente aves silvestres ou criações de subsistência. A vigilância sanitária na região de Montenegro continua e o número de barreiras sanitárias foi reduzido de 7 para 4 barreiras, pois a situação é considerada sob controle pelos órgãos sanitários.
Fonte: Adaptado Agrimidia, 2025. Disponível em: https://www.agrimidia.com.br/avicultura-industrial/investigacao-concluida-ministerio-descarta-suspeita-de-influenza-aviaria-em-sc/