A Encefalomielite Aviária (EA) é uma doença infecciosa causada por um RNA-vírus, gênero Enterovírus, pertencente à família Picornaviridae e que apresenta predileção pelo sistema nervoso central de aves. Na maioria dos casos se manifesta de duas formas:
- Em aves jovens causa doença clínica;
- Em aves poedeiras adultas provoca queda de postura.
Os principais sintomas em aves jovens são os tremores, anteriormente chamado de “tremor epidêmico”. A doença também pode provocar a morte de embriões e de pintinhos com dois ou três dias de vida. Os sinais clínicos visíveis da EA envolvem sonolência, fraqueza, falta de coordenação motora progressiva, paralisia e tremores intermitentes, principalmente na cabeça e pescoço.
Não há tratamento para essa doença e algumas aves podem ficar com sequelas, tais como paralisia, encurvamento de perna e falange e alteração nos olhos, como cegueira, olhos turvos e azulados. Já em aves no período de produção, a EA leva à queda de postura, que pode durar de 3 a 4 semanas. Essa é a fase de maior atenção, mas que na maioria dos casos não é investigada. Dessa forma, o diagnóstico acaba sendo tardio e com maiores chances de prejuízos tanto ao bem-estar das aves quanto para os produtores.
Com relação à prevenção da EA é preciso entender o caminho do vírus, seus rastros e manifestações. Assim é importante considerar as fases de identificação, prevenção e controle.
Os produtores ainda precisam ter cuidados com a nutrição das aves, pois a infecção é via oral e o vírus se multiplica no intestino das aves, além de atenção à qualidade das aves que são inseridas nas granjas, com os processos de vacinação e higienização. Para isso, manter-se informado, atualizado e observar constantemente as aves e o manejo adequado são pontos fundamentais que auxiliarão a evitar a EA.
Fonte:
Adaptado de Gabriel Silva Braga. A Revista do OvoSite. Junho/2023.
