Como minimizar os níveis de poeira e amônia em aviários

O manejo de frangos de corte é fundamental para manter a saúde e o bem-estar das aves. Dessa forma, deve-se ter atenção especial em relação às condições da cama, uma vez que a umidade excessiva diminui a qualidade do ar e pode predispor doenças respiratórias tanto às aves quanto aos colaboradores. A exposição a altos níveis de poeira e amônia pode levar à irritação e inflamação nas vias aéreas das aves, precursoras de uma variedade de distúrbios respiratórios. Os colaboradores também sofrem com irritação nos olhos, problemas respiratórios e irritação na pele.

Segundo Zac Williams, especialista em criação e manejo de aves da Universidade de Arkansas/EUA, quando as aves respiram um ar de qualidade, este ar vai dos sacos aéreos diretamente para os pulmões. Entretanto, se não há um ar de qualidade, com excesso de poeira, amônia ou outros poluentes, estes se acumulam nos sacos aéreos, podendo levar a problemas respiratórios e/ou doenças respiratórias. A poeira aspirada pelas aves, geralmente é composta de penas, penugens, material de cama e microrganismos, que transportam também patógenos, como Salmonella.

Manter a cama de frango úmida é natural para o controle de poeira e amônia, desde que estejam entre 20-25% de umidade. Segundo Williams, não há como eliminar completamente a poeira ou a amônia no galpão, mas é fundamental reduzi-la o máximo possível. O aumento da poeira é observado quando a cama está muito seca, que ao ser movida, forma um pó. Para Williams, a cama reutilizada, diversas vezes tende a gerar mais poeira do que a cama nova.

Aspersores e nebulizadores podem ajudar a manter o ambiente úmido e reduzir a poeira. Os aspersores usam grandes gotas de água para molhar as superfícies diretamente, enquanto os nebulizadores produzem partículas finas de água. No entanto, os nebulizadores também podem aumentar a umidade no aviário, o que pode levar a outros problemas, como estresse por calor, além de estimular a produção de amônia.

Os trocadores de calor também desempenham um papel na manutenção da boa qualidade do ar no aviário. Nesses sistemas, o ar quente do galpão flui por tubos plásticos longos e finos chamados lamelas. Isso aquece o ar frio ambiente de entrada contido nestas lamelas. A entrada de ar pode ser canalizada por um duto localizado na lateral ou no telhado do aviário, onde é então espalhado por todo o aviário por ventiladores de recirculação. Neste sentido, a temperatura dentro do aviário permanece constante, proporcionando benefícios adicionais para o bem-estar dos colaboradores e das aves, além da economia de energia. Além disso, os trocadores de calor também podem filtrar o ar no aviário, o que remove a poeira e a amônia do ambiente.

De acordo com Thomas Gnosa, gerente de produtos da Munters Reventa GmbH/Alemanha, um trocador de calor também pode controlar a umidade dentro do aviário, gerando um impacto na diminuição da amônia. Se puder manter a cama seca, então terá níveis mais baixos de amônia. No entanto, esses tipos de sistemas especializados são atualmente mais populares na União Europeia, devido às rígidas regulamentações europeias.

Outro equipamento utilizado são os exaustores de ar que usam água para remover contaminantes do ar e dispositivos de ionização eletrostática, que dependem de elétrons para neutralizar partículas e também podem reduzir os níveis de poeira e amônia em aviários, mas ambos, em geral, necessitam de altos investimentos.

Fonte: Adaptado Watt Poultry, 2025. Disponível em: https://www.wattagnet.com/broilers-turkeys/article/15709232/how-to-minimize-dust-ammonia-levels-in-poultry-houses

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