Mudanças nos padrões de uma importante certificadora britânica para galinhas poedeiras

A certificação de produtos avícolas tem como função oferecer suporte aos produtores na avaliação de suas práticas produtivas por meio da avaliação de conformidade com as regulamentações vigentes, além de requisitos relacionados ao bem-estar animal.

A Certificadora Britânica RSPCA Assured fundamenta seus princípios na priorização de melhorias nas condições de bem-estar para os animais de produção. Em uma carta aos membros do RSPCA Assured, o Diretor Assistente de Certificação e Garantia, Neil Scott, destacou as mudanças na política, descrevendo que no momento de reforma nos galpões de postura ou até 1º de janeiro de 2035, os membros do sistema de criação ao ar livre devem fornecer 3% de luz natural às galinhas. Ao realizar reformas internas planejadas, os membros do sistema de criação ao ar livre devem incluir a extensão de aberturas ou entradas de luz na estrutura atual do galpão.

Na carta ainda consta que, a partir de 1º de outubro de 2025, todas as galinhas criadas soltas devem ter acesso à luz natural. Dessa forma, os produtores podem colocar material transparente nas laterais das instalações, quando as aves forem se alimentar, ao invés, portanto, de fechá-las. Porém, se as galinhas forem alojadas antes de 1º de outubro, os membros podem esperar até que elas finalizem o ciclo de postura e este requisito pode ocorrer para o próximo lote. Assim, é importante considerar que, embora a exigência de luz natural permaneça, o prazo para instalação foi flexibilizado.

Gary Ford, chefe de Estratégia e Engajamento de Produtores da Associação Britânica de Produtores de Ovos Caipiras (BFREPA), apoiou as mudanças. Gary acrescentou que o resultado das discussões atendeu aos objetivos propostos ao mesmo tempo em que foi possível manter uma boa relação com a RSPCA.

Outras mudanças incorporadas pela certificadora com relação aos galpões fechados incluem que estes devem ter uma área de acesso, e para os galpões abertos não será necessária esta área. Com relação às cercas, estas não precisam mais ter um vão de 45 cm abaixo delas. Ainda, os produtores receberam um ano adicional para estender a cobertura natural na área para 20%, permitindo aos membros cultivar árvores, arbustos ou outras coberturas necessárias. A RSPCA está ciente de que, em algumas regiões, é difícil cultivar árvores e arbustos, porém é importante a procura de especialistas para identificar tais problemas e buscar soluções.

Nick Allen, CEO do Conselho Britânico da Indústria de Ovos (BEIC), comentou que o conselho está satisfeito que a RSPCA tenha ouvido as preocupações da indústria e acrescentou que estes estão comprometidos em garantir que o Reino Unido continue a liderar o mundo na produção de ovos caipiras. O setor tem sido proativo no atendimento à crescente demanda dos consumidores e é importante que todas as organizações continuem a colaborar para garantir que o setor continue prosperando.

Segundo o presidente da BFREPA, James Baxter, o envolvimento passará a abordar as empresas de embalagens, processadoras, varejistas e estabelecimentos de serviços alimentícios para entender suas necessidades, com o objetivo de garantir a clareza de mercado.

Fonte: Adaptado Poultry World, 2025. Disponível em: https://www.poultryworld.net/poultry/layers/changes-to-rspcas-laying-hen-standards-confirmed/

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